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Entenda quando vale ouvir música para estudar e concentrar

O hábito tem prós e contras e depende da atividade a ser realizada, do tipo de música e de como ou quanto ela afeta o seu comportamento. Veja dicas para acertar 

De maneira geral, ouvir música para estudar e concentrar não é uma unanimidade. Mas é fato que pode ajudar a manter o foco em locais barulhentos, especialmente no desempenho de atividades simples e mais repetitivas e operacionais, porque evita o tédio, a desconcentração e o cansaço. “Pode ser um estímulo, uma motivação e até ditar o ritmo de estudo, por meio de pausas, aflorando a criatividade e a imaginação dependendo do apelo que ela tem no estudante”, explica Danilo Torini, professor do ESPM LifeLab, conjunto de disciplinas optativas da ESPM para o desenvolvimento de soft skills.

 

MÚSICAS PARA ESTUDAR 

Mas estamos falando de qualquer tipo de música? De acordo com Torini, pesquisas de aprendizagem comprovaram que as músicas mais adequadas para estudar são as instrumentais, as clássicas e as de “ambiente”. “Como elas não possuem letra, são menos intrusivas, melhoram o humor, reduzem o estresse e, na maioria das vezes, auxiliam para evitar distrações”.  

 

De acordo com o especialista existem estudos que “relacionam a música clássica ao raciocínio lógico e matemático, já que podem ativar os mesmos circuitos cerebrais. Além disso, pessoas com facilidade em exatas também possuem a mesma habilidade com partituras de músicas clássicas”. 

 

Outros estilos que podem ajudar na memorização de conteúdos são os que possuem rimas mnemônicas e as batidinhas. “Tanto que são usadas como estratégias nos cursinhos pré-vestibulares, marcando certos pontos para o estudante. Elas não são ‘aprofundadas’ ou com letras que fazem muito sentido, mas são fáceis de serem lembradas quando associadas aos conteúdos, remetendo à lembrança.” 

 

O QUE NÃO OUVIR DURANTE OS ESTUDOS 

Na execução de tarefas mais exigentes e complexas, dependendo da música ela pode distrair a atenção. A dica do professor é não ouvir músicas com letras e em idiomas conhecidos, porque a facilidade de entendimento vai desviar o foco do estudante. “Isso acontece porque o cérebro tende a se concentrar no que é mais familiar e prazeroso”, comenta. 

 

OS TIPOS DE SONS 

Plataformas como o YouTube e agregadores de áudio como Spotify estão repletos de canais com sons binaurais e frequências específicas que ajudam na concentração de pessoas que se incomodam com o silêncio. Esses sons abafam os ruídos externos, mantêm o cérebro alerta e aumentam o foco e a criatividade. 

 

“Existem frequências que visam reduzir o estresse ou relaxar e, de certa maneira, elas podem ser uma forma de preparo para os estudos”, revela Torini. “Mas, dependendo da frequência, podem relaxar demais, porque são voltadas para dormir, meditar ou realizar algum exercício de respiração, enquanto outras com sons da natureza e piano também podem tornar o ambiente calmo demais para o estudo.” 

 

SONS BINAURAIS 

Para estudar ouvindo sons binaurais é necessário usar fones de ouvido. O cérebro recebe um som diferente em cada ouvido e eles competem entre si, então o ouvido precisa criar outra frequência com esses sons a fim de se preparar para executar uma tarefa que pede concentração. “Elas (as frequências sonoras) criam uma espécie de ilusão sonora, enganando o nosso cérebro para estimular as ondas cerebrais”, diz Torini. O professor explica que as frequências de ruídos — marrom, rosa, branco etc. —, por não ter letra e ser contínuas, podem ajudar o aluno a focar na tarefa. 

 

RUÍDO MARROM 

O ruído marrom é muito procurado para os estudos, para relaxar e para uma boa noite de sono. Como distribui as frequências de maneira uniforme em uma grande faixa de espectro, tem mais energia nas frequências mais baixas do que o ruído branco (todas as frequências estão em um mesmo nível de intensidade) e o rosa (a intensidade diminui conforme a frequência aumenta). Já o branco é um sinal sonoro que agrega todas as frequências na mesma potência, enquanto o rosa agrega todas as frequências audíveis pelos humanos, mas em potência não uniforme, gerando um som grave. 

 

DICAS PARA ESTUDAR COM MÚSICA 

  • Escolha músicas ou sons sem letras, excetuando-se os casos em que o aluno optar por fazer uma meditação guiada para relaxar antes de estudar. 

 

  • Recomenda-se ouvir música para estudar entre 30 minutos e 1 hora, porque a exposição prolongada pode incomodar. Mas se a ideia é meditar ou dormir, a exposição aos sons pode ser mais longa. 

 

  • O volume deve ocultar os ruídos externos, mas isso não significa ouvir música alta. Existem pessoas – incluindo aquelas com condições de saúde como enxaqueca, epilepsia e distúrbios do sono – que podem sentir tontura devido à sobrecarga sensorial, porque esses sons atuam diretamente nas ondas cerebrais. 

 

  • Um ambiente adequado é fundamental para o estudo render. Deve ter iluminação satisfatória e boas condições de ergonomia – ou seja, estudar sentado em uma mesa para manter o foco, em vez de deitar na cama ou no sofá.

 

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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.