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Designer de animação: conheça a profissão

Entenda o que faz esse profissional, quais são as possibilidades de atuação no mercado e como é a formação na área

Design de animação é uma área que vem crescendo ao longo dos anos. O mercado é enorme e há muito espaço para o designer de animação trabalhar. Afinal, a animação não é só em 2D e 3D, mas também engloba os games, que é um setor muito bem consolidado em todo o mundo, além de efeitos visuais para produções de TV, internet e cinema.

 

“Para você ter uma noção, uma consultoria estima um mercado de animação e efeitos visuais de 180 bilhões de dólares em 2024, e isso vai crescer 10% por ano. A projeção é que em 2029 o mercado seja de mais de 310 bilhões de dólares”, comentou Leonardo Marques, coordenador da graduação em Design de Animação da ESPM, no episódio #76 do Primeira Jornada, podcast da ESPM que te prepara para o mercado de trabalho. “A prova dessa estimativa é que o filme que salvou os estúdios neste ano de 2024 foi uma animação, o Divertidamente 2”.

 

Mercado de trabalho em Design de Animação

Dentro de um estúdio de animação ou de uma produtora, o profissional pode atuar como animador 2D ou 3D, com animação tradicional, onde se desenha quadro a quadro quase que artesanalmente, ou com stop motion, técnica largamente usada pelo cineasta Tim Burton.

 

O egresso de um curso de Design de Animação pode ser diretor de animação, assistente de direção ou de animação. “Motion design é uma área que emprega muito, porque pega produtoras, veículos de comunicação e internet. A quantidade de animações que você vê na internet é enorme”, comentou Marques. “O rapaz já começa trabalhando na faculdade e já tem uma demanda de trabalhos enorme, e quando sai (da faculdade), a maior parte, ou quase todos os estudantes, já saem empregados”.

 

Outras atuações são como storyboarders, especialistas em efeitos visuais e concept artists (artistas de conceito, que fazem a concepção das cenas que serão montadas depois). Os designers podem trabalhar com live-action, efeitos visuais, design de personagens ou de assets (são elementos de cena, como armário, cama ou a casa de uma personagem, por exemplo).

 

“Você tem lojas e mercados que vendem esses elementos. Muitos criam e desenvolvem esses elementos em 3D e colocam em lojas (digitais) para vender”, disse o professor, comentando que no universo dos games acontece a mesma coisa e tem muita gente ganhando dinheiro com isso.

 

Quem contrata os designers de animação

Produtoras e estúdios de animação, que muitas vezes fazem trabalhos para o mercado publicitário, recorrem muito à animação. Veículos de comunicação, produtoras de internet e a próprias redes sociais também contratam designers.

 

Um nicho com muita demanda é o e-learning. Essa área usa muitos elementos de animação para demonstrar a parte teórica, assim como os games e a realidade virtual, que tende a crescer muito.

 

Embora o mercado de animação no Brasil seja bom, no exterior é bem maior e, por conta disso, empresas e estúdios nacionais perdem vários talentos para empresas de outros países. “Fora o fato de alguns profissionais irem para o Canadá, Japão e Coréia, vários continuam no Brasil trabalhando à distância e ganhando em uma moeda mais forte. Existe uma prática já bem consolidada no mercado, de trabalhar para estúdios no exterior estando no Brasil”.

 

Qual o impacto da inteligência artificial nesse mercado

“Quando os computadores entraram nos estúdios tradicionais, a gente teve muito receio e hoje falamos com a maior naturalidade e sem imaginar como é (trabalhar) sem o computador. O que eu tenho escutado dos diretores e tenho lido, é que nas tarefas mais mecânicas está sendo utilizada a inteligência artificial”, explicou.

 

De fato, trabalhos mecânicos e repetitivos são os primeiros a serem desafiados pela inteligência artificial, e isso pode agilizar as produções que talvez fiquem mais rápidas, mas a criatividade ainda está acima da máquina. Hoje, para um designer criar uma imagem específica é necessário fazer um prompt bem detalhado, e mesmo assim não vai conseguir a imagem que idealizou, porque a máquina não vai chegar no que ele imaginou.

 

“O que eu vejo é que a parte criativa, tanto de roteiro, quanto de desenho de personagens e cenários, isso tudo ainda não foi impactado”, comentou Marques. “A gente não sabe o nível que vai chegar, mas eu acredito fortemente que a inteligência artificial não consegue, ainda, chegar no nível de criatividade e demanda criativa que os estúdios trabalham”.

 

Como é a graduação em Design de Animação da ESPM

O curso de Design de Animação da ESPM envolve muitas áreas e não forma apenas pessoas bem capacitadas para desenhar. O desenho, aliás, é ensinado inicialmente no modelo mais tradicional que existe: é tudo feito à mão. Quando pega um papel, tinta e pincel o estudante está completamente livre para exercer sua criatividade e desenhar sem o auxílio do computador. Mais para frente, o equipamento vai ser muito utilizado no curso, mas no começo, não.

 

Outro ponto importante é integrar a técnica à criatividade, já que é com essas ferramentas que o futuro profissional vai trabalhar. Por isso, o curso oferece equipamentos de alta performance e com os mesmos softwares adotados no mercado. “O estudante sai daqui usando exatamente as mesmas técnicas e os mesmos softwares que o mercado utiliza”, afirmou Marques.

 

O professor também destacou o DNA da ESPM, de estar sempre muito próxima do mercado. É comum a faculdade convidar profissionais que trabalham nos principais estúdios de animação, diretores e ex-alunos para falarem sobre sua experiência no meio.

 

A grade curricular inclui disciplinas que abordam os conceitos do negócio e do mercado de animação, como marketing e finanças, que ajudam não só quem for trabalhar em uma produtora, mas quem pretende empreender. Tudo para que os estudantes entendam o mercado, as necessidades do cliente, o negócio da animação, os modelos de negócio, os tipos de contratos e a parte financeira da empresa também.

 

Saiba mais sobre a graduação em Design de Animação da ESPM

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Roberta De Lucca
Jornalista colaboradora do Núcleo de Conteúdo ESPM
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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.