Saiba como é e quais são as vantagens desse método que ensina conceitos além da teoria
Learning by doing é aprender a partir da execução de atividades reais. Ao invés de o professor ensinar o conceito e trazer uma situação hipotética, o aluno vai enfrentar uma situação real e terá que definir quais conceitos utilizar e se aprofundar neles, e encontrar soluções para problemas. Como isso, ao mesmo tempo que aprende o estudante vai conquistando conhecimento e autoridade.
“É um aprendizado que acontece na prática, mas existem algumas vertentes sobre esse aprender na prática, porque em geral o professor dá o conceito e o aluno resolve a situação e a outra possibilidade é inverter. O professor apresenta a situação e o aluno tem que descobrir ou ir atrás de quais conceitos utilizar”, afirma Artur Motta, coordenador do MBA em Marketing da ESPM.
O aluno aprende praticando os conceitos
Para entender como o modelo de aprendizagem funciona, veja este exemplo: a tarefa é abrir um food truck e o estudante tem que definir uma série de coisas antes de vender o sanduíche: marca, preço, local e portfólio, entre outros, e tudo tem que ser decido pelo aluno. É ele quem busca as informações e faz os cálculos.
“Eu peço muitas vezes para os alunos do MBA de Marketing fazerem um plano de negócios e o conceito eu passo, mas quando ele está fazendo o plano de negócios, cada empresa é diferente e ele vai precisar de um conceito diferente”, diz Motta. “É aí que entra o learning by doing, porque o aluno descobre que precisa deste conceito e corre atrás da informação. Mas ele não está sozinho, sempre tem o suporte do professor”.
Quais são as vantagens
Uma vez que esse sistema de aprendizagem não é só a instrução teórica e o estudante realmente vivencia o que aprende, a primeira vantagem é uma aplicação com retroalimentação, porque o aluno vai aprender, errar e acertar. Assim, percebe seus pontos fortes e fracos. Vai constatar, por exemplo, se é ou não bom com números. O estudante identifica isso sozinho, sem necessidade de o professor apontar eventuais deficiências. Ele percebe suas dificuldades e a ficha cai.
Outra vantagem é que o learning by doing é mais vivo do que simular uma situação em sala de aula. “Todo mundo já aprendeu a fazer alguma coisa na cozinha, nem que seja uma omelete. Eu te falar como faz é diferente de você fazer”, diz Motta. “E aí tem um detalhe importante, porque quando estou falando também tenho o meu viés, e quando você faz não tem o meu viés”. Portanto, quem prepara uma omelete pela primeira vez tem dúvidas quanto à frigideira ideal ou se é necessário usar óleo e assim por diante. Enquanto cozinha a pessoa vivencia e experiencia e esses aspectos são muito positivos.
O estudante lapida sua autoralidade
Dependendo do que e como faz, o estudante pode encontrar sua maneira autoral de elaborar uma campanha. Em sala de aula atua como se tivesse no mercado e enfrenta as mesmas dificuldades de qualquer profissional. Essa experiência já o prepara para ingressar no universo corporativo com conhecimento prático e desenvolve soft skills como curiosidade, relacionamento, trabalho em grupo, negociação, gestão do tempo e resiliência, entre outras.
A elaboração de um projeto com learning by doing exige muito planejamento dos alunos, especialmente para lidarem com a questão do tempo. O tempo é escasso e para fazer um projeto nesse modelo de aprendizagem o estudante tem que abrir mão de alguma coisa. Mesmo que inicialmente não veja vantagem porque não entende a funcionalidade, o estudante acaba percebendo o quanto de conhecimento conquista e se sente mais preparado para ingressar no mercado.
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