A cidade de São Paulo, maior metrópole brasileira, registrou sua primeira queda populacional em um século, segundo dados da Fundação Seade. Após atingir o pico de 11,5 milhões de habitantes em 2019, o número de moradores diminuiu 0,7% até 2023. A retração é atribuída a fatores como o alto custo de vida, envelhecimento da população e redução na taxa de natalidade. Paralelamente, São Paulo subiu 28 posições no ranking das cidades mais caras do mundo, ocupando agora a 124ª colocação, segundo a consultoria Mercer.
Segundo o economista e especialista em políticas públicas e professor da ESPM Fábio Andrade, a redução da população paulistana está ligada a mudanças na pirâmide etária, busca por maior qualidade de vida e a possibilidade de trabalhar remotamente. “Muitas famílias tentam viver no entorno da capital, na faixa que vai até Campinas, favorecidas pela possibilidade de manter a renda de São Paulo enquanto reduzem custos com moradia e mensalidades escolares”, explica.
O fenômeno também reflete mudanças no comportamento de famílias, que têm migrado para cidades do interior em busca de qualidade de vida e custos reduzidos. Casos como o de Álvaro Doria e Ingrid Ferreira, que trocaram a capital por Indaiatuba, ilustram essa tendência. Além disso, especialistas alertam para os efeitos colaterais, como especulação imobiliária em municípios vizinhos. A notícia foi destaque na Folha de S. Paulo.
Fábio Andrade
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