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Aprender a aprender: entenda a importância para sua carreira

Saiba porque vai ser cada vez mais importante o profissional reconhecer que precisa aprender alguma coisa com os colegas e com a vida

 

Existe uma ferramenta de trabalho superimportante para o bom desempenho de qualquer profissional, mas ela não se relaciona com tecnologia ou uma nova técnica para fazer algo de um jeito mais produtivo. Trata-se do conceito de “aprender a aprender”, mais holístico e conectado com a noção do indivíduo acerca de suas habilidades e limitações.

 

De maneira geral é fácil um profissional ter consciência de seus talentos e capacidades, mas nem todos se sentem confortáveis diante de suas deficiências, quando o ideal seria reconhecer que um colega de trabalho pode ensinar algo que aquela pessoa não domina. “Esse é o ponto de partida do aprender a aprender”, afirma Caio Bianchi, diretor de Educação Continuada da ESPM. “É admitir que você não domina uma série de coisas e que uma pessoa pode ter um conhecimento que soma no trabalho, em vez de se colocar em um lugar de autodefesa por se sentir ameaçado”.

 

Outro benefício é que, apesar das hierarquias, as pessoas trabalham no mesmo nível de conhecimento. Quem entende que há uma troca fluida entre o que alguém pode ensinar e o que pode aprender com o outro, também atua para o crescimento coletivo.

 

Como aprender a aprender

Dado o contexto atual do universo do trabalho, que tem necessidade de pessoas que observam as mudanças do mercado e se atualizam para acompanhar as transformações, os profissionais devem entender de maneira consciente que sua trajetória é uma construção de repertório e que tudo nele é importante.

 

Afinal, o repertório não se restringe ao conhecimento técnico aplicado no trabalho. O repertório de cada pessoa engloba um conjunto de informações, experiências e práticas a que um indivíduo é exposto ao longo da vida e que vão sendo acumuladas em uma caixa de ferramentas pessoal. À medida que é exposto a desafios, o profissional pega uma ferramenta específica do seu repertório.

 

Isso é feito de uma maneira mais empírica do que racional. Um livro lido anos atrás pode trazer um insight para a melhoria de um processo. Um bate papo com a faxineira que pega duas conduções para ir e voltar do trabalho pode ajudar no desenvolvimento de um projeto sobre mobilidade urbana. Ou seja, tudo o que uma pessoa consome de informação no decorrer da sua vida pode ser útil no trabalho.

 

Aprender é ser curioso

O pulo do gato é desenvolver um olhar de apreciação que abre as portas para o aprendizado a partir da curiosidade de querer entender como as coisas funcionam (até as aparentemente irrelevantes), como as pessoas agem, o que os artistas criam, como um filme pode trazer um conteúdo importante. Quando entende isso, o indivíduo se coloca em uma posição de aprendizagem constante. “Todo mundo é exposto a essas situações, mas nem todos aproveitam essa oportunidades de maneira consciente. A nossa escolha está em como aproveitar isso”, afirma Bianchi.

 

Em meio à construção natural do repertório, a educação formal pode entrar em cena quando o profissional sente necessidade de ampliar seu conhecimento em um tema específico. “Como garantia da relevância dessa ampliação de repertório, a educação formal passa a ser um caminho”, explica Bianchi. Nesse caso, cursos de especialização, de extensão universitária ou uma pós-graduação são o melhor recurso, e sustentam outra máxima do aprender a aprender que é a pessoa identificar o que ela precisa aprender.

 

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Roberta De Lucca
Jornalista colaboradora do Núcleo de Conteúdo ESPM
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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.