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Conheça estilos de liderança situacional

Especialista explica os estilos de liderança e diz como um chefe deveria lidar com seus colaboradores em diferentes situações 

 

Liderar não é sinônimo de definir tarefas e dizer o que as pessoas têm que fazer. Gerir uma equipe tem a ver com estilo de liderança e cada chefe tem o seu. A maneira de agir deriva de boa carga de autoconhecimento e de uma visão empática perante os colaboradores, além das habilidades técnicas. O bom líder influencia as pessoas de maneira positiva, sem manipulação.  

 

“Aqui estamos falando de influenciar no sentido de o líder fluir a ideia dentro da outra pessoa e ela fluir com o líder”, explica  Fátima Therezinha Motta, psicanalista, mentora, palestrante, sócia-diretora da FM Consultores e professora de Liderança em cursos de graduação, pós-graduação e Dynamic da ESPM.    

  

Na visão da especialista, o gestor precisa saber atrair o interesse e estimular cada membro da equipe para se envolver em um projeto e doar a sua energia para o seu desenvolvimento. Para isso, a liderança tem que entender o propósito do projeto e detectar elementos que conectem os indivíduos ao trabalho. 

 

O líder conecta a equipe ao projeto 

“Num projeto, o líder convoca quem tem afinidade com o propósito, mas se ele não conhece a equipe fica mais difícil criar esse ponto de conexão”, diz Fátima. Uma liderança com visão humanista consegue identificar os pontos de conexão de cada membro da equipe e perceber se é preciso criar essa conexão entre eles. 

 

Diferentemente de décadas atrás, o líder deixou de lado a postura autoritária para assumir o papel de alguém que serve a equipe. No dia a dia, isso se traduz em o gestor se perguntar o que pode ser feito para o trabalho fluir e o time trabalhar bem, levando em conta que também faz parte desse processo perceber deficiências e ajudar as pessoas a crescerem. 

 

3 fatores da liderança 

Segundo Fátima, existem três fatores que influenciam o estilo de liderança:  

 

1. O autoconhecimento revela se o chefe é centralizador ou se deixa a equipe trabalhar e ajuda quando necessário.

2. O chefe que identifica a maturidade dos colaboradores detecta as habilidades e as deficiências de cada um e sabe o que precisa ser aperfeiçoado.

3. A liderança precisa ter uma ideia clara do projeto para que ele seja executado dentro do planejado.

 

Os três fatores são adaptados de acordo com as necessidades que surgirem. Em situações de crise, pode acontecer de o chefe delegar tarefas e todos fazerem o que deve ser feito. Já em um cenário mais leve, uma equipe com maturidade profissional não só conduz o trabalho, como sugere melhorias. 

 

4 estilos de liderança situacional 

Os estilos de liderança atuais são mais abertos a ideias e sugestões e isso cria um ambiente mais colaborativo e participativo. “Não tem mais o “eu mando e você obedece”, isso não funciona. O que funciona é “precisamos chegar a um objetivo e ver como vamos chegar lá” e, para isso, a liderança precisa de flexibilidade e adaptabilidade”, afirma Fátima.  

 

A liderança, então, se adapta em função da maturidade do time e do projeto. Para isso, se vale de quatro estilos de atuação:  

1. Direcionar

Pessoas com pouca experiência e que estão aprendendo a desempenhar tarefas precisam de uma liderança que ensine, oriente e supervisione. Além disso, é importante dar feedbacks para o colaborador. 

2. Orientar

Quando um profissional domina quase tudo, mas ainda não se sente totalmente autoconfiante, a liderança auxilia orientando. Acompanha o trabalho, dá feedbacks e permite que o time se envolva no processo decisório, mas ainda detém o poder de dar a palavra final. 

3. Apoiar

Uma equipe coesa, com pessoas competentes e cientes da sua capacidade e autonomia, passa tranquilidade para o líder monitorar o trabalho. 

 

4. Delegar

Uma equipe madura profissionalmente, com pessoas comprometidas, que assumem responsabilidades e tomam decisões são acompanhadas de longe pela liderança, dada a segurança que o chefe tem para deixar os outros assumirem o projeto. 

 

A base é o autoconhecimento 

Para liderar bem é necessário investir em autoconhecimento, com o auxílio de um mentor de liderança ou carreira e também de terapia. “A liderança precisa se conhecer, porque quando não se conhece joga para os outros as suas questões emocionais e esse não é o caminho”, diz Fátima.  

 

Quem desenvolve suas capacidades socioemocionais tem mais empatia para aceitar as diferenças das pessoas, ouvir e entender os outros e inspirar cada membro da equipe a fazer o melhor possível. 

 

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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.