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Veja o que estudar para ser empresário 

Coordenadores de 10 cursos da ESPM explicam como essas graduações preparam os estudantes para empreender

 

Muitos estudantes planejam empreender após se formarem. São muitas as possibilidades, mas nem todos sabem o que estudar para ser empresário. Conversamos com os coordenadores de 10 graduações da ESPM para entender como os cursos preparam os alunos para se tornarem donos de seus próprios negócios.
 

Administração

Business, Marketing e Inovação são os pilares do curso de Administração da ESPM. Considerando esse tripé, desde o primeiro semestre os alunos estudam disciplinas que permitem um conhecimento amplo e modular das diversas áreas de qualquer tipo de empresa. “Como temos por objetivo ir além do que pode ser colocado como conhecimento obrigatório, proporcionamos disciplinas específicas que permitem ao estudante ter experiência de empreender, como, por exemplo, empreendedorismo disruptivo já no primeiro semestre”, explica Erika Buzo Martins, coordenadora da graduação em Administração da ESPM.
 
O estudante é desafiado a criar uma startup dentro do modelo ágil, testando, pilotando, pivotando e experimentando possibilidades. Além disso, as vivências dentro e fora da sala de aula também colaboram para a formação do profissional. Representantes de empresas nacionais, multinacionais e startups compartilham suas experiências em eventos e palestras organizados pela faculdade a fim de explicar aos estudantes como é ter sua própria empresa.
 
Outras disciplinas que podem auxiliar na carreira do futuro empresário são Marketing Estratégico com Business Game, Gestão de Pessoas, Gestão de Crises e da Inovação, Suply Chain e Finanças Corporativas. No trabalho de conclusão do curso, o aluno pode optar por desenvolver um projeto como empreendedor e, se resolver tirar do papel, no sétimo semestre pode migrar parcialmente para a incubadora de negócios da ESPM.
 

Ciência de Dados e Negócios

O estudante é tutorado ao longo do curso por meio de palestras, participação em eventos internos e externos, além da possibilidade de fazer parte da Base, a incubadora de negócios da ESPM. “É importante citar o caso de um estudante, empreendedor na sua essência, que utilizou os conhecimentos adquiridos no curso para criar a sua startup, e que atualmente está em um fase de alto crescimento, a empresa Faster”, destaca Flavio Marques Azevedo, coordenador da graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM.
 
O professor explica que logo no primeiro semestre a disciplina Inovação, Criatividade e Novos Modelos de Negócios aguça a curiosidade dos estudantes no que se refere a empreendedorismo. Os projetos integrados realizados durante o curso desenvolvem a capacidade de materializar ideias por meio da criação de aplicações IoT (Internet das Coisas), aplicações web com banco de dados, aplicações corporativas em nuvem e aplicações baseadas em raspagem de dados para a criação de dashboards de visualização de dados.
 
Tudo isso permite que os alunos entendam o grau de complexidade de um produto tecnológico. Azevedo destaca que a grade curricular também engloba disciplinas com o DNA da ESPM, que permite que os estudantes formem um repertório sólido sobre marketing, economia e finanças.
 
Quando o profissional se gradua “o céu é o limite”, afirma o coordenador. O empreendedor nato terá condições de criar sua empresa, principalmente se escolher o projeto de conclusão de curso na modalidade startup. O mais importante segundo o professor é que o estudante pode se tornar CMO, CTO ou o CFO de sua própria startup ou de startups de outros colegas.
 

Ciências do Consumo

Uma das principais características do curso de Ciências do Consumo é a análise de tendências. Com isso, os estudantes enxergam oportunidades onde a maioria das pessoas não percebe. Tiago Pereira Andrade, coordenador da graduação em Ciências do Consumo da ESPM, explica que o curso carrega o DNA da faculdade, oferecendo disciplinas que contribuem para a formação empresarial.
 
A grade curricular inclui Gestão, Marketing e Construção de Cenários, disciplinas indispensáveis para uma formação empreendedora e empresarial, mas também engloba matérias como Pesquisas, Etnografia e Análise de Tendências.
 
“Os conteúdos e técnicas desenvolvidas nessas áreas, junto com as capacidades críticas desenvolvidas nas disciplinas Sociologia, Antropologia, Filosofia, História e Psicologia, permitem uma visão mais humana do mercado, um olhar distanciado das corporações e um entendimento mais aguçado”. Afinal, entender o espírito do tempo que vivemos e estar antenado nas pautas que movem a sociedade ajuda a antecipar os movimentos, sair na frente dos concorrentes e antever oportunidades.
 
Uma vez formados, os profissionais podem fundar consultorias para desenvolver projetos de análise de comportamento do consumidor e do mercado em áreas como sustentabilidade, análise de tendências, consultoria de moda, eventos, relacionamento com o consumidor, gestão de diversidade e inclusão, consultoria de pesquisas e negócios de impactos sociais.
 

Cinema e Audiovisual

Além de ensinar produção audiovisual, o curso aborda gestão de projetos. Um tema fundamental para gerir projetos nas empresas em que venha a trabalhar ou em empreitadas autorais, como a criação de produtoras audiovisuais.
 
“Na grade curricular há disciplinas como Finanças e disciplinas que discutem a viabilidade econômica de projetos, produção executiva e a ideia de criar projetos autorais. Há também a possibilidade de os alunos fazerem eletivas que dialoguem com marketing”, explica Pedro Curi, coordenador da graduação em Cinema e Audiovisual da ESPM no Rio.
 
O estudante pode complementar o curso com matérias optativas em empreendedorismo, marketing e negócios. Além disso, a ESPM organiza palestras e encontros com empresários do audiovisual e profissionais que empreenderam ou trabalham em grandes empresas como gestores, para que os futuros profissionais entendam como funciona o mercado.
 
Um estudante formado em Cinema e Audiovisual pode criar uma produtora de obras de ficção, documentário, jogos, conteúdo voltado à educação, vídeos de casamento, festas e institucionais, ou seja, qualquer tipo de conteúdo audiovisual. Também pode criar negócios segmentados como locadoras de equipamentos, empresas de distribuição, de divulgação e comunicação, entre outras possibilidades.
 

Comunicação e Publicidade

“Nós temos uma quantidade muito grande de disciplinas mercadológicas relacionadas a finanças, pesquisa, inovação e tecnologia”, explica Alessandro Souza, coordenador da graduação em Comunicação e Publicidade da ESPM em Porto Alegre. “Além disso, a ESPM também trabalha soft skills, que são aquelas habilidades interpessoais que perpassam os grandes líderes, e para o empreendedor é fundamental”.
 
Portanto, além das competências técnicas a graduação trabalha questões de liderança, humanidades, tecnologia e análise de dados. A ESPM possui núcleos de estudos que trabalham aspectos de inovação no programa Empresa Jr. e na Base, a incubadora de negócios da escola, onde os alunos desenvolvem projetos relacionados à inovação, conectando os estudantes ao ecossistema de aceleradoras e investidores.
 
Ao final do curso o estudante pode direcionar seu TCC para um projeto empreendedor e muitos fazem essa escolha porque têm oportunidade de trabalhar em um projeto que seja praticamente um plano de negócios para empresa que vão inserir no mercado. Segundo o professor, o aluno se engaja do primeiro ao último semestre nesse espírito empreendedor.
 
Para ajudar ainda mais, a ESPM convida entidades ligadas a inovação e fomento e profissionais do mercado para palestras sobre sua atividade profissional, e também organiza workshops e hackatons. Essa formação ampla permite ao profissional ter flexibilidade e conhecimento para ingressar em uma empresa, agência ou produtora e empreender. Souza inclusive comenta que é cada vez maior a quantidade de estudantes apostando em negócios próprios. “O nosso esforço acadêmico acaba contribuindo para isso”, afirma.
 

Design

O curso de Design da ESPM é estruturado não apenas para formar profissionais altamente qualificados, mas também para incentivar o espírito empreendedor. Além das disciplinas tradicionais de design, a graduação inclui matérias voltadas ao empreendedorismo, como Gestão de Negócios, Marketing e Inovação, que fornecem a base para o profissional iniciar e gerenciar um negócio próprio. Tanto é, que os alunos desenvolvem projetos reais – da concepção de produtos ao planejamento de marketing –, simulando os desafios enfrentados por empreendedores no mercado de trabalho.
 
“No curso há um forte foco em formar não apenas excelentes designers, mas também futuros empresários. Para alcançar isso, o curso oferece diversas disciplinas, recursos e oportunidades específicas que preparam os alunos para o empreendedorismo”, explica Carolina Bustos Raffainer, coordenadora da graduação em Design da ESPM.
 
Por meio de parcerias com empresas e startups, os estudantes trabalham em projetos colaborativos e aprendem com quem já está no mercado. A ESPM também organiza eventos, palestras e workshops com profissionais de renome do segmento de design e empreendedorismo. A faculdade promove mentorias com professores e profissionais experientes para orientação personalizada no desenvolvimento de projetos empreendedores.
 
Quando se gradua, o profissional tem diversas possibilidades de atuação para fundar sua própria empresa, como estúdio de design gráfico, agência de publicidade e propaganda, consultoria de design de produto, escritório de design de interiores, agência de design digital (UI/UX), marca de moda, estúdio de animação e motion design, consultoria de design sustentável, empreendimento educacional, consultoria de branding, design de experiências e eventos, design editorial e publicações e freelancer ou coletivo de serviços.
 

Design de Animação

Os alunos estudam disciplinas que trabalham diversos conteúdos ligados ao design como negócio. Quando desenvolvem os projetos finais de Comunicação Visual ou Design de Animação integram a eles elementos de marketing e finanças, como avaliação de cenários econômicos, ferramentas de análise de mercado e orçamento do projeto.
 
“Além das disciplinas de Marketing e Finanças existentes no curso, os estudantes de Design têm acesso a disciplinas eletivas que tratam de temas como liderança, apresentação de projetos, técnicas de negociação e atitude empreendedora”, explica Leonardo Marques, coordenador da graduação em Design de Animação da ESPM. “Somado a isso, são realizadas palestras com diversos profissionais de referência no mercado para falar de casos reais de suas empresas”.
 
As disciplinas de Estágio Supervisionado I e II desenvolvem postura profissional e projeto de carreira com os estudantes, preparando-os para entrarem no mercado com desenvoltura para trabalharem em equipe e para assumir cargos de liderança. Eles também aprendem ética e legislação para terem mais facilidade com questões de contratos e a instituição ainda promove encontros com profissionais de consultoria renomada para obterem orientação profissional.
 
Estudantes graduados na trilha de Comunicação Visual podem abrir seus próprios escritórios para trabalharem com equipes fixas ou com parcerias por projeto como microempreendores individuais. “Já o profissional formado pela trilha de Design de Animação pode montar seu estúdio de animação ou, como muitos estão fazendo na atualidade, trabalhar de forma autônoma e remota para estúdios de animação no Brasil ou no exterior”, diz Marques.
 

Direito

O curso de Direito é muito dinâmico, porque ensina o sistema jurídico e também fornece boas noções de como funcionam os tipos societários e o sistema tributário, e aborda questões relativas à proteção de dados e proteção ambiental, entre outros temas.
 
“Pensando nessa perspectiva, alguém que faça um curso de Direito, e considerando que seja um curso moderno que trate também de proteção de dados, inteligência artificial e que tenha disciplinas relacionadas a negócios tais como economia, finanças, marketing, análise e visualização de dados, terá condição de se formar com uma visão muito mais focada no empreendedorismo e em como atuar para fazer negócios funcionarem”, afirma Marcelo Crespo, coordenador da graduação em Direito da ESPM.
 
Nesse sentido, o egresso pode criar uma empresa de prestação de serviços jurídicos ou outros tipos de serviço aproveitando o ecossistema jurídico, como é o caso do JusBrasil, uma legaltech que coleta, organiza e disponibiliza informações jurídicas como autos processuais, jurisprudência e diários oficiais para consulta de advogados e da população.
 

Jornalismo

“Com as mudanças no mundo trabalho, é importante que os profissionais adquiram competências para empreender. No caso do Jornalismo, estamos acompanhando a criação de conteúdos em mídias sociais, produtoras, agências, assessorias e outros negócios de pequeno porte desenvolvidos por jovens jornalistas que buscam novas possibilidades de fazer jornalismo”, explica Maria Elisabete Antonioli, coordenadora da graduação em Jornalismo da ESPM São Paulo. Por conta do amplo leque de possibilidades de um mundo cada vez mais dinâmico e competitivo, é importante incentivar os empreendedores, já que são essenciais para a adaptação e a evolução das economias locais e globais.
 
Segundo a professora, grande parte dos jovens não pensa mais em conquistar empregos em grandes empresas de mídia, mas criar pequenos negócios com propósitos específicos. Pensando nesse viés, além da formação essencial do jornalista, o curso inclui conteúdos como marketing, gestão e empreendedorismo, que capacitam o estudante a criar seu próprio negócio – conteúdos para mídias sociais, produtoras e agências de comunicação, assessorias de imprensa, programas jornalísticos e de entrevistas em redes sociais e podcasts, por exemplo.
 
A faculdade tem o projeto EmpreendaJor, que incentiva os estudantes a proporem e desenvolverem negócios com a orientação de um professor. Além disso, os trabalhos de conclusão de curso incluem a concepção de um plano de negócios e comunicação para o projeto proposto.
 

Relações Internacionais

O curso de Relações Internacionais reúne conhecimentos teóricos em Economia, Direito, Política e Segurança internacional, que se unem a saberes relevantes de áreas como Administração, Marketing e Finanças, para formar profissionais com conhecimentos amplos, capacitados a atuar em empresas nacionais e internacionais ou para empreender em negócios próprios.
 
No primeiro semestre o aluno estuda Modelagem de Negócios, tema central para quem quer entender como um negócio funciona. No decorrer do curso, aprende planejamento estratégico, planejamento de marketing internacional, gestão de mercado financeiro e modelagem de dados e uso de web para desk research sobre mercados internacionais. “Um amplo e completo leque de ferramentas empresariais aplicáveis tanto como colaborador de uma empresa, como um empreendimento próprio”, afirma Alexandre Ratsuo Uehara, coordenador da graduação em Relações Internacionais da ESPM São Paulo.
 
Outras disciplinas como Administração, Análise Financeira, Marketing, Estratégias Corporativas e Comércio Exterior garantem uma formação que amplia a capacidade do estudante de avaliar as oportunidades de empreendimentos, ao mesmo tempo que o prepara para gerir uma empresa. Tanto é, que o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) também capacita o estudante que deseja tirar uma ideia do papel, pois analisa setores promissores, cadeias globais de valor e atividades com oportunidades potencias de negócios internacionais.
 
“Uma vez formando, aliás pode até ser antes de se formar, a escola oferece um espaço da incubadora que já ajudou muitos alunos a desenvolverem seus próprios negócios. Atualmente está incubando a TOAK Global, uma consultoria de negócios de ex-alunos de Relações Internacionais com o foco em ajudar empresas a desenvolverem estratégias para impulsionar sua presença global”, explica Uehara.
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Roberta De Lucca
Jornalista colaboradora do Núcleo de Conteúdo ESPM
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SEED Program

ESPM, em parceria com a Gorom Association (https://gorom.org/en/), está promovendo uma colaboração acadêmica que visa a desenvolver habilidades de empreendedorismo social, liderança e comunicação intercultural, o que permitirá um aprofundamento da compreensão do desenvolvimento de negócios globais a quatro estudantes selecionados para participar do programa, que se iniciou em julho e culminará em uma apresentação de resultados em dezembro de 2023.

O programa deste ano envolve a preocupação com a revitalização da economia local no Japão, país que tem enfrentado o envelhecimento da sociedade e a baixa taxa de natalidade e que, juntamente com outros fatores econômicos, tem imposto muitos desafios para o desenvolvimento dos negócios. Na edição deste ano, os participantes serão divididos em quatro grupos de pesquisa, envolvendo os setores de saquê, vinho, joias e têxteis, para desenvolverem soluções de propostas concretas de negócios.

Para isso, ao longo de cinco meses do programa, os participantes serão capacitados por meio de aulas, debates, realização de pesquisas e orientações, a desenvolverem suas propostas. Essas atividades serão realizadas online, mas, ao final do programa, será realizado o Study Tour ao Japão, que oferecerá uma oportunidade para os alunos levarem as habilidades e conhecimentos que adquiriram e aplicá-los de forma prática.

Serão cerca de 12 dias, em que os estudantes finalizarão as consultas e as pesquisas de campo, conversarão com especialistas, produtores locais e líderes comunitários antes da apresentação de suas conclusões, em um “Pitch Final” aos empresários e outros stakeholders-chave na cidade de Yamanashi, em dezembro de 2023.